Nau de Quixibá (A)
01232-L23TORRES (Alexandre Pinheiro).— A NAU DE QUIXIBÁ. Moraes Editores. Lisboa. (1977). 14,5x20 cm. 220 págs. B.
Nas palavras de José Cardoso Pires: “Mas, mais precisamente, o que a gente vê neste romance-memória é um “oásis” colonialista naufragado no Mare Nostrum português (São Tomé, chama-se ele, Ilha do Ouro Negro) e lá no meio há um Pai expatriado que vive entre gravuras de naufrágio. Vê também a nau da Quixabá, esse cadáver imperial, submerso a duas águas, a do mito e a da morte: outro naufrágio. Naufrágios, naufrágios e mais naufrágios, dir-se-ia. E é nessa paragem das rotas do Passado que o Filho tem a revelação duma pátria mentida. Pertence a uma juventude tatuada com o S de Salazar em ferro hitleriano, traz dentro dele sebastianismos, flâmulas, ópios da História, porcarias. (...)”