CEUTA
17115-L22MÚRIAS (Manuel).— CEUTA. Conferência. Edições da 1ª Exposição Colonial Portuguesa. 1934. 16x23 cm. 29-III págs. B.
Conferência proferida no Palácio das Colónias, em “O Dia de Ceuta”, em Agosto de 1934 e que inicia deste modo: “Insistir em ver na tomada de Ceuta um episódio isolado — iniciativa do Rei e dos Infantes a arder na inquietação medieval da batalha contra o infiel sem objectivos políticos — é insistir em não compreender Ceuta: — o que significa na história do desenvolvimento da Nação como fecho de uma série de acontecimentos, resultado de uma Política e como factor de outros. Não há-de estranhar-se, por isso, que se evite aqui o que parece um êrro e se procure fugir à simples narrativa do facto, buscando antes explicações.(...)”.
A 1ª Exposição Colonial, realizada no Palácio de Cristal, na cidade do Porto em 1934, tinha como objectivo fazer propaganda ao Estado Novo dando a imagem de que este era um regime moderno e activo num Portugal Imperial.
“Henrique Galvão em Janeiro de 1934, entrevistado pelo jornal O Século, expõe claramente os objectivos da Exposição: propagandear a nova política colonial como obra do Governo (leia-se Salazar e o Estado Novo). Diz Henrique Galvão, Director-Técnico (Comissário) da Exposição:
‘A Exposição não inaugurará uma nova política colonial. Será uma consequência – não será uma causa. A nova política colonial é obra do Governo e a Exposição Colonial Portuguesa é um capítulo dessa obra, em matéria de propaganda. No entanto, se me perguntar se a Exposição Colonial pretende ser uma expressão viva, animada e didactica da nova política colonial portuguesa, dir-lhe-ei, sem hesitar, que sim e que é esse um dos seus objectivos.’ (...)”.
Com inúmeros eventos, desde os pavilhões das respectivas colónias, às diversas publicações, Jornais criados para o efeito, Álbuns da Exposição, etc., encontram-se igualmente a publicação de monografias, alocuções, conferências e textos de diversa ordem vindos a lume com a chancela das edições da 1ª Exposição Colonial Portuguesa, documentos importantíssimos para a história.
Assinatura de posse, antiga, na página de rosto. Manchas de acidez na capa da brochura.