PROFISSÃO DE FÉ
20214-L2COUCEIRO (Henrique de Paiva).— PROFISSÃO DE FÉ. (Lusitania Transformada). Escrito em Grinadilla — Ilha de Tenerife (Canária) em 1938-39. Prefácio de Luís de Almeida Barbosa. Lisboa. MCMXLIV. 12,5x19,5 cm. XXXII-181-III págs. B.
“(...) Levados pelo gôsto das comodidades imediatas, perderam os homens a fé no valor das instituições políticas. E esta falta de fé gera a indiferença, que desconsola, a frieza, que esteriliza. Arruinada a fé, nada ao povo consola nem comove, nada lhe fala ao espírito, nada lhe cativa o coração. Cresce o desalento onde deveria florir a esperança. (Ninguém sèriamente preocupado com as coisas nobres da inteligência poderá manter-se estranho perante o desenrolar dos acontecimentos sociais. O que se passa no mundo actual não é apenas uma luta de interêsses e de ideologias contraditórias: é uma transmutação de valores que representa o tímido alvorecer de uma nova idade e o fim lutuoso de uma era histórica, aberta quando saíram dos gonzos os portões da Bastilha. Exemplo claro e fecundo, Couceiro foi o mais popular dos condutores de homens do nosso tempo, porque bem sabia o povo que nêle tinha o melhor guia e o mais estremado defensor (...)”.— retirado do Prefácio.
Ilustrado com um retrato do autor.
Por abrir. Assinatura de posse, antiga, no frontispício. Pequena rubrica de posse no canto superior esquerdo da página 100.