MORTE DE D. JOÃO (A)
18935-B22JUNQUEIRO (Guerra).— A MORTE DE D. JOÃO. 9ª edição. Livraria de Antonio Maria Pereira — Livraria Editora. Lisboa. 1914. 12x18 cm. 324 págs. E.
“(...) O assumpto do meu poema é a corrupção e libertinagem d’uma parte da sociedade, corrupção manifestada na litteratura desde o idealismo ingénuo e dissoluto do Raphael de Lamartine, até ao realismo descarado e vil dos escriptores do segundo imperio. Incarnei em D. João a synthese d’esta ideia, terminando por o fazer morrer a pedir esmola, coberto de chagas e de vermes, no esterquilinio, como um malandro ignobil. E queres que te diga, ó honradissimo burguez, quem era no fim de contas esse devasso celebre — D. João? É aquelle que tu tens visto entrar pela janella, ás duas horas da noite, no quarto da filha do teu vizinho. (...)” — do prefácio da segunda edição.
Livro que causou, na época, enorme polémica o que terá contribuído para que o autor acrescentasse, a partir da segunda edição, um prefácio onde apresenta as acusações que lhe fazem e a sua defesa.
Encadernação editorial.