EGOÍSTA (nº14) — Portugal
19430-L24EGOÍSTA. Director: Mário Assis Ferreira. Editora: Patrícia Reis. Design: Henrique Cayatte. Propriedade de Estoril - Sol SA. 2003. 23x29 cm. B.
“Tal como os homens, há nações tocadas pela graça da predestinação. Nações que em homens providenciais se revêem, numa transferência colectiva de personalidade em que o todo nacional se assume na catarse do indivíduo iluminado. É o caso da França, nessa peculiar afloração psicossomática que um biógrafo de Charles de Gaule descreveu como a ‘intimidade corpórea’ do general com a nação que acabaria por tutelar.(...) Não assim com os portugueses, povo normal de um País igualmente tão normal como a maioria dos demais: desconhecem em absoluto esse invejável fenómeno de transparência maciça de personalidade e, por via dessa incapacidade, capricham, introspectivos, no aprofundar das suas mágoas, mergulham, esquizóides, no labirinto dos seus desânimos. Para eles Portugal é e sempre foi pequeno. Aliás, tal como sugere Eduardo Lourenço, a sua secular reacção à escassez do quase tudo que nos caracteriza sempre foi, tendencialmente, a fuga. Para as Índias, as Áfricas, os Brasis, os Orientes. Para longe. Para sempre. (...)” — retirado de Portugal no Divã da autoria de Mário Assis Ferreira.
Décimo quarto número desta revista trimestral institucional, da sociedade Estoril Sol que completou 18 anos de existência em Março de 2018, constituída por uma equipa coesa e vencedora de vários prémios https://www.publico.pt/2006/12/18/jornal/egoista-como-se-faz-uma-revista-cacadora-de-premios-112870.
Neste número: Um Futuro para Portugal, por D. José Policarpo; Saudades do Futuro, por José Manuel Durão Barroso; Portugal em 2003, por Maria de Lourdes Pintassilgo; Portugal e a sua circunstância, por Adriano Moreira; Excelência Precisa-se, por João Bosco Mota Amaral; Que Futuro para Portugal?, por António Ramalho Eanes; Esta Nação Irrepetível, por Paulo Portas; Um Páis mais próximo dos nossos Sonhos, por Eduardo Ferro Rodrigues; Portugal ou Portugália?, por Carlos Carvalhais; A organização das reivindicações, por Manuel Carvalho da Silva; Modernidade uma Libertação, por Francisco Louçã; O Sector Financeiro em Portugal: que futuro?, por Jorge Jardim Gonçalves; Ao longe o Mar, por Pedro Ayres Magalhães; Clima de crise pode prolongar-se até 2006, por Américo Ferreira Amorim; Da Impunidade e da Lamúria à Acção e à Decisão, por Francisco Pinto Balsemão; Os caminhos da justiça, por José Miguel Júdice; Um salto no futuro?, por Octávio Teixeira; Alerta precoce, por José Medeiros Ferreira; As reformas impossíveis, por Pedro Magalhães; Algumas reflexões, por Manuel Dias Loureiro; Querer voar. Querer Cumprir Portugal, por Pedro Santana Lopes; O futuro do político? Tem a política futuro?, por António Vitorino; Um papagaio, ou um manifesto para a cultura em forma de parábola inocente, por Vasco Graça Moura; O elogio da centralização, por Maria Filomena Mónica; Quando o futuro se conjuga no presente, por Eduardo Prado Coelho; O futuro história de uma traição, por António Mega Ferreira; Afinal a minha canção, por Pedro Ayres Magalhães; Pa larvas, por J. P. Simões (banda desenhada de Luís Lázaro); É tão português este péssimismo, por Pedro d’Anunciação; Mais do que agora será tarde, por Fernando Marques da Costa; O Futuro da Ciência em Portugal, por José Mariano Gago; E o gosto de aprender?, por Eduardo Marçal Grilo; Artes plásticas — vamos estrear um caderno novo, por Alexandre Melo; Sim. Não? 2010 um dia na viad de um designer. por Henrique Cayatte; Cultura que futuro para Portugal?, por Luís Serpa; Ainda será possível o desenho da cidade?, por Manuel Salgado; Paisagem e futuro, por Paulo Martins Barata; Elogio do medo, por João Lopes; O humor é o triunfo maníaco sobre a depressão, por Nuno Artur Silva; A inovação intimida (e ainda bem...), por Manuel Falcão; Propostas para o futuro de Portugal, por Nicolau Santos; Altos e baixos de um casamento feliz, por Teresa de Sousa; Naquele dia, por José Manuel Pereira de Almeida; A crise e a crisálida, por J. P. Simões; Incerto e certo futuro, por Eduardo Lourenço; Love on line, por Clara Ferreira Alves; A participação ao poder, por Ana Drago; Um raio de luz ardente, por Pedro Ayres Magalhães.