Doida do Candal (A)
14360-L22CASTELO BRANCO (Camilo).— A DOIDA DO CANDAL. Nona edição. Parceria António Maria Pereira. Lisboa. 1945. 12x18,5 cm. 234 págs. E.
“Reconhece o autor que êste livro seria deficientíssimo, se assentasse em alguma idéia fundamentalmente filosófica. Não estamos em terra onde se invista a novela de missão que não seja espairecer o ânimo de estudos atentos, ou desenfastiá-lo dos enojos da ociosidade. Os letrados, que baixam até ao romance, querem-no, dizem êles, filosófico, e apontado a discutir alguma transcendente questão social. Nada mais nem menos que encomendarem ao romancista os serviços que aos legisladores incumbe prestar à sociedade. (...) Nada, pois, de tirar à novela a inutilidade que a faz preciosa. Seja cada um do seu tempo e do seu país. O melhor romancista em Portugal,por enquanto, há de ser o que tiver mil leitores que lhe comprem o livro e o aplaudam, contra dez que oleiam de graça e o critiquem em folhetins a dez tostões. — retirado do Prefácio à Segunda Edição.
Encadernação com lombada e cantos em pele, decorada a ouro na lombada. Preserva as capas da brochura. Carminado à cabeça.