CADERNOS DO MEIO DIA (nº2) Livro Loja da In-Libris

CADERNOS DO MEIO DIA (nº2)

18977-X


CADERNOS DO MEIO DIA. Antologia de Poesia, Crítica e Ensaio. Faro. (1958) nº2.  11,5x16 cm. B.

Segundo número dos cinco que vieram a lume desta raríssima revista de poesia coordenada por António Ramos Rosa, Casimiro de Brito, Fernando Moreira Ferreira e Hernâni de Lencastre. Colaborada por: A. Casais Monteiro, José Terra, Egito Gonçalves, Herberto Helder, Saúl Dias, Alberto de Lacerda, Fernando Echevarria, Papiniano Carlos, Luísa Dacosta, Jorge de Sena, Eugénio de Andrade, Alexandre O’Neill, Maria Alberta Menéres, Maria Teresa Horta, E. M. de Melo e Castro, José Gomes Ferreira, David Mourão-Ferreira, Saul Dias,  entre muito outros importantíssimos escritores do século XX português.

Num depoimento de Casimiro de Brito, um dos responsáveis pela publicação, pode ler-se: "A vida, um furor; a poesia, um tremor — ambas incipientes, um pouco decepadas, vivíamos os cinzentos anos cinquenta e a minha ambição era conciliar os dois apelos, harmonizá-los, mas eu não sabia nada, parece que sim, era poeta, sentia-me isolado na minha 'arte' e havia que procurar alguém que estivesse no mesmo ofício. O António, regressado da experiência interrompida da Árvore e das emoções cívicas do nosso falhado pós-guerra, refugiava-se num exílio interior e austral mas sabia onde estava toda a gente, os poetas de mais valia, todos eles um pouco exilados no parco pó do tempo (...) Os 'Cadernos' foram sempre eléctricos e, como tal, estavam em posição de registar, com um rigor contaminado por alguma bonomia, as inclinações da poesia portuguesa e o melhor que fosse chegando de fora mas, embora se tratasse de uma frágil revista de poesia, passou a ser atacada pela estupidez dos censores, que a destruíram, como destruíam tudo em que tocavam. Os 'Cadernos' eram deliberadamente humilde e, portanto, não produzimos manifestos nem indicámos caminhos — reunimos poetas e ficaram veredas, trilhos, restos do canto e muito silêncio."

A revista publicava um ensaio por número e crítica literária ponderada por Ángel Crespo, António Ramos Rosa, Casimiro de Brito, Egito Gonçalves, Fernando Moreira Ferreira e Luísa Dacosta.


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