Libertino passeia por Braga, a idolátrica, o seu explendor (O)
13012-L2PACHECO (Luiz).— O LIBERTINO PASSEIA POR BRAGA, A IDOLÁTRICA, O SEU EXPLENDOR. Contraponto. S.d. 16x21,5 cm. 31 págs. B.
“Outubro, 15. Noite em Vieira do Minho friorenta e agitada por pesadelos, incongruências, palpitações. Já de madrugada, O Mensageiro das Trevas aparece-me na cama, agarra-me quase ao colo com os seus dedos de aço nos braços e diz-me baixo, numa voz irónica mas simpática (ou cínica e trocista?): ‘Ontem (referência, parece, a um sonho meu da véspera, em que me surgira A Morte, com a sua caveira comum, de dentuça à mostra, cara desgraçada!), ontem viste-me com a minha triste cara verdadeira, hoje venho alegre (a face dele era uma máscara apalhaçada, coberta de giz) mas é para te dar uma má notícia, coitado:
AMANHÃ MESMO MORRERÁS! (...)”.
Um dos mais importantes textos surrealistas de Luiz Pacheco.
Impresso a verde sobre papel de embrulho, rude. Muito raro.