INVENÇÃO DO DIA CLARO (A)

15040-B


NEGREIROS (José de Almada).— A INVENÇÃO DO DIA CLARO. Escripta de uma só maneira para todas as espécies de orgulho, seguida das démarches para a Invenção e acompanhada das confidencias mais intimas e geraes. Ensaios para a iniciação de portuguezes na revelação da pintura. Com um retrato do autor por elle-proprio. Primeiro milhar. Lisboa. "Olisipo". Apartado 145. 1921. 19,5x26 cm. 45-I págs. B.

“(...) Sonhei com um paiz onde todos chegavam a Mestres. Começava cada qual por fazer a caneta e o aparo com que se punha á escuta do universo; em seguida, fabricava desde a materia prima o papel onde ia assentando as confidencias que recebia directamente do universo; depois, descia até ao fundo dos rochedos por causa da tinta negra dos chócos; gravava letra por letra o tipo com que compunha as suas palavras; e arrancava da arvore a prensa onde apertava com segurança as descobertas para irem ter com os outros. Era assim que neste país todos chegavam a Mestres. Era assim que os Mestres iam escrevendo as frases que hão-de salvar a humanidade. *** Quando eu nasci, as frases que hão-de salvar a humanidade já estavam todas escritas, só faltava uma coisa — salvar a humanidade.”.

Um dos mais representativos trabalhos literários de Almada Negreiros, com edição de um número muito reduzido de exemplares.

O auto retrato vem impresso em página inteira.

De raro aparecimento no mercado.

Capa da brochura com pequena mancha no canto inferior direito.

Outras obras de ou sobre Almada Negreiros no catálogo da In-Libris.


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