CAMOES (Luis de)

10925


CAMÕES (Luís de).— OS LUSIADAS, Poema epico de... Nova edição correcta, e dada á luz por Dom Ioze Maria de Souza-Botelho, Morgado de Mateus, sócio da Academia Real das Sciencias de Lisboa. (vinheta ornamental). Paris, Na Officina Typographica de Firmin Didot, Impressor do Rei, e do Instituto. M DCC XVII [1817]. 25,5x34 cm. X-130-II-424-IV págs. E.

Morgado de Mateus preparou esta sua edição monumental de Os Lusíadas, de Camões, que mandou imprimir em Paris, no ano de 1817. Este volume do célebre poema foi apresentado posteriormente à Academia Real das Ciências, tendo esta nomeado uma comissão composta de António Caetano do Amaral, Mateus Valente do Couto e Francisco Mendes Trigoso, que deu a respeito dessa edição um parecer muito lisonjeiro, observando apenas que o editor deveria ter seguido a edição de 1572.

Considerado injusto este reparo, D. José Maria de Sousa respondeu numa carta que vem impressa nas Memórias da Academia.

De referir que esta edição de Os Lusíadas é precedida por um notável artigo do Morgado de Mateus, sobre a Vida de Camões. Ilustrada pelos desenhadores Gerard, Fragonard, Visconti e Desenne, gravada por doze gravadores, tendo sido revista por  Menia.

Esta edição foi exclusivamente destinada para presentes, tendo o morgado de Mateus consentido que na imprensa Didot, onde se fizera aquele primoroso trabalho, se fizesse uma edição para o público, edição essa que foi impressa ainda em 1836.

Considerado injusto este reparo, D. José Maria de Sousa respondeu numa carta que vem impressa nas Memórias da Academia.

 Diz Brito Aranha em A Obra Monumental de Luiz de Camões, estudos bibliographicos, nº 67: "Nas bibliographias mais auctorisadas, ou apparece esta edição como 'mui nitida e estimada', ou como 'copia fiel' da de 1819. (...)”

Exuberantemente encadernado em peça inteira de "chagrin" gravado com delicados ferros a ouro na lombada pastas e largas seixas. Guardas forradas a seda. Protegido por estojo adequado. Encadernação facilmente atribuível a um dos mais reconhecidos e importantes encadernadores portugueses de todos os tempos, o Mestre Império Graça.

Ligeira mancha possivelmente devida a limpeza de assinatura de posse, antiga, no anterrosto e duas primeiras páginas, em branco. Reconstituição de papel no frontispício sem afectar o texto.

 

 

 


Também recomendamos