CADERNOS DE SERRÚBIA (Nº4-5)
19805-L22CADERNOS DE SERRÚBIA. Fundação Eugénio de Andrade. Direcção Literária: Arnaldo Saraiva. Direcção Gráfica: Armando Alves. Secretária de redacção: Joana Matos Frias. nº4-5 (2002). 15,5x22 cm. B.
“Surgindo como um compromisso entre o livro e o jornal (entre o pesado e o leve, o extenso e o breve), a revista quis ser inicialmente uma revisão do passado recente. Mas no início do séc. XX já era em muitos casos um medium mais voltado para a actualidade ou para o futuro do que para o passado. Fernando Pessoa até pôde ver no Orpheu a ‘ponte por onde a nossa Alma passa para o futuro’. Não ousaríamos dizer o mesmo desta nova revista. Mas num tempo em que proliferam revistas de todo o tipo, inclusive no campo da cultura literária, não se espere que ele seja apenas ‘mais uma’. Obviamente vocacionados para a revelação e estudo da poesia, os Cadernos de Serrúbia, na modéstia do seu título e dos seus recursos, querem ser um poético lugar incomum, onde convivam portugueses e estrangeiros, a razão e a emoção, o moderno e o antigo que não deixou de ser moderno, e onde se cruzem águas vivas da imaginação ou da criatividade verbais, hoje em dia tão menosprezadas, e tão expostas a poluições impunes. Ninguém estranhará que este primeiro número seja especial, recolhendo as comunicações de um Colóquio realizado no Porto em 5 e 6 de Novembro de 1993; outros se publicarão sobre outros poetas ou outros temas. E menos se estranhará que ele se incida sobre Eugénio de Andrade; Além de se tratar de um poeta exemplar, trata-se também do poeta que justifica a existência de uma Fundação sediada na portuense rua com o mágico nome de Serrúbia, e que edita estes Cadernos que naturalmente incorporam esse nome.” — retirado de Introdução do nº1
Números 4-5 desta publicação cujo sumário segue abaixo.