Comédia Portuguesa (A)

22738-L23
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A COMÉDIA PORTUGUEZA. Lith. da Compª. Nac. Editora. 6 de Outubro de 1888 a 19 de Dezembro de 1889. 25x34 cm. E.

A COMÉDIA PORTUGUEZA. Chronica Semanal de costumes, casos, polÍtica, artes e lettras veio enriquecer o cardápio da imprensa do final do século XIX a 6 de Outubro de 1888. Publicação que mereceu destaque na sociedade de então dada a  sua qualidade e interesse. A direcção era de dois autores já conhecidos do público: Marcelino Mesquita que assegurava a direcção literária, e Julião Machado a direcção gráfica, desenhos e caricatura.

“Critica, perfeitamente imparcial, sem peias e sem atrevimentos que melindrem a liberdade de cada um, na esphera d’acção que lhe pertence, a critica que não aspira á gargalhada ruidosa, nem pela insolencia do desenho, nem pelo torpe do assumpto, nem pelo desbragado da linguagem, mas a critica moralisadora e fecunda, não menos cruel, por delicada, é a que nos propomos fazer de todos os assumptos — politica, artes, sciencia, costumes — da sociedade portugueza, não só analysando o seu viver de dia a dia, mas consagrando numeros especiaes, às suas instituições, escolas, museus, theatros, fôro, camaras; como collectividades — os medicos, o clero, os actores, os advogados et cetera. Tal é, rapidamente ennunciado, o nosso programma e garantimos que elle não terá a graciosa propriedade de ser apenas amontoado de palavras, sem importancia, com os programmas politicos da nossa terra. Ao arco! Ao arco!”

Inicia assim esta publicação que passou por diversas fases sendo que a primeira decorreu entre Outubro de 1888 a Dezembro de 1889.

“Este semanario a continuação da antiga Revista do mesmo nome Revista das artes, das sciencias, da politica e dos costumes portuguezes. Feito com a maior e mais absoluta independencia, sem idéas consagradas por norma, sem obediencia passiva a opiniões de ninguem, na mais ampla liberdade de pensamento e da critica, este jornal procurará representar a vibração sã da alma portugueza, sem desprezos pelo passado digo, sem tolerancias com o presente vílissimo, sem receios, antes cheio de esperanças e fé pelo futuro(...).”

Ressurgiu, assim, treze anos depois de Janeiro a Dezembro de 1902 tendo acabado por se fundir com A Paródia, de Rafael Bordalo Pinheiro em 1903.

Raro.

Encadernação com lombada e cantos em carneira.


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