DICIONÁRIO DE CALÃO

LAPA (Albino).— DICIONÁRIO DE CALÃO. Prefácio de Aquilino Ribeiro. 1ª edição. Editorial Presença. (Lisboa. 1959). 14,5x22 cm. 217-XV págs. B.

Como disse Albino Forjaz Sampaio: “O calão é para a língua o que a caricatura é para a pintura(...)”

Ou, do brilhante prefácio de Aquilino Ribeiro:

“(...) O calão, a meu ver, começou por ser uma linguagem de defesa do fraco contra o poderoso, do preso contra o carcereiro e algoz, do conspirador contra o juiz e o tirano. Que procurasse tornar-se criptográfica o mais possível, é lógico. Que acabasse por tornar-se parasita, está também na derivação das coisas humanas.(...) Mas onde vou eu?! O calão será pois tudo aquilo, linguagem secreta, arbitrária, e parasita. Completamente parasita, não, pois que atende a uma necessidade. Mantenha-se como irmã enjeitada da saborosa linguagem popular que os senhores filólogos, tal como aquele bom Silvestre Silvério, deixam à porta, por chula, indecente e má figura (...)”.

Edição original.

Assinatura de posse na página de anterrosto.