Quinta Essência (A) — Agustina Bessa-Luís

Quinta Essência (A) — Agustina Bessa-Luís

22629-L22
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BESSA-LUÍS (Agustina).— A QUINTA ESSÊNCIA. Lisboa. Guimarães Editores. 1999. 14,5x20,5 cm de 374-II págs. B.

O último romance da escritora Agustina Bessa-Luís tem em Macau o "centro inacabado duma epopeia". E começa no Porto, das "ondas bravas do Cabo do Mundo" à casa dos Pessanha, na Rua dos Mártires, com o seu jardim de japoneiras, que foi ocupada a seguir à revolução de Abril, tinha José Carlos Pessanha, de quem o livro trata, 17 anos. Zé Carlos Pessanha, depois Fernandes, depois Pastor, da parte dos avôs "foi um enigma feito de muitos desastres do sangue e desse crisma que o meio opera nas pessoas" (p. 29). Vamos encontrá-lo mais tarde "adaptado ao regime novo, democrático, ateu e competitivo" até à epopeia que o levará ao Oriente e a Macau. "Apesar destes sintomas da loucura que Macau dava a muitas pessoas que aí tinham vivido, José Carlos não pensava em voltar para Portugal. Tinham passado dez anos desde a chegada dele, e a cidade transformara-se. Tinham-se feito grandes obras e preparado o lugar para a festa da despedida. Mas o português nunca se despede. Considera de mau presságio despedir-se e diz apenas "até à vista", com um pouco de amargura e de satisfação, pensando que tantas coisas lhe serão poupadas se tiver de tomar outro rumo." Agora que já foi a "festa da despedida" de Macau, não pode deixar de ler este romance de Agustina, "semeado de personagens desenhadas à pena, como no ritual dos biombos chineses".

Primeira edição.

Valorizado pela dedicatória autógrafa.


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