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POEMAS LIVRES

15996-L22
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POEMAS LIVRES. (Coimbra.  1962-1963. nºs. 1 e 2. 16x22,5 cm. 46-II, 86-II págs. B.

Dois dos três números desta rara revista, publicados em Coimbra, sendo o terceiro, aqui em falta, publicado em 1968 no Porto.

“(...) Margarida Losa evoca-a da seguinte maneira em 1964: ‘A iniciativa da nossa publicação surgiu à mesa dum café em Coimbra, em 1962. um de nós tencionava receber uma soma capaz de financiar a edição ‘caseira’ e por espírito de camaradagem estudantil não quis ser o único a usufruir desse privilégio. (...) Cada um de nós apresentou os seus poemas e, à mesa de um café, apreciámos os poemas uns dos outros, alteramos versos reciprocamente. discutimos qual seria a reacção dos vários sectores à nossa poesia e compenetrámo-nos que havia de facto uma certa necessidade de expressar uma determinada concepção das coisas. A poesia era naquele momento um dos meios ao nosso alcance (...) Por sua vez, Ferreira Guedes, afirma nomeadamente: ‘Pela sua perspectiva marcadamente social e actuante, parece-me que é no movimento neo-realista que os Poemas Livres devem ser integrados, uma vez que é essa mesma perspectiva o que, em meu entender, o caracteriza fundamentalmente.’ Por seu turno, César de Oliveira advoga que a revista na sua fase inicial constitui uma ‘resposta neo-realista e reactualizada ao surrealismo e formalismo que, entretanto, ganhavam força entre a Academia de Lisboa’. Dinamizada pela geração coimbrã universitária, os Poemas Livres reflectem nas suas páginas e inquietude, a revolta e as preocupações da juventude da época: a ausência de liberdade, de associação e de expressão — que o título indica — e a guerra colonial que eclodira no ano anterior em Angola e que perfilava já em em Moçambique e na Guiné. Apresentava, consequentemente, nítidas preocupações de carácter social (...)” — em Dicionário da Imprensa Periódica Portuguesa do Século XX, por Daniel Pires.

Participação de Ferreira Guedes, César Oliveira, Margarida Losa, Rui Namorado, António Manuel Lopes Dias, Eduardo Guerra Carneiro, José Carlos de Vasconcelos, Manuel Alegre, entre outros.


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