Andam faunos pelos bosques
07375-L22RIBEIRO (Aquilino).— ANDAM FAUNOS PELOS BOSQUES. Romance. Livraria Bertrand. Lisboa. (1979). 14,5x20,5 cm. 333-I págs. E.
“(...) Mas, neste livro, os abades não são mais que um acidente; a personagem central é o génio da espécie. As almas santas, aos censores que me acoimam de cronista encartado de clérigos como Camilo de brasileiros, direi que são estes os últimos e irrevogáveis do meu guinhol. (...) A quem chamar este livro de regionalista direi, pois, que me não molesta, mas que tenho por viciado o prisma mediante o qual divisa o fenómeno literário. Compu-lo com a linguagem que, juvante Deo, amanhã me há-de servir para pintar o que por aí abunda: quebra-esquinas, banqueiros que vendem a alma e venderiam a pátria, se fosse veniaga ao seu alcance, mulheres que arremedam a francesa na moda e na moral, sábios balofos, políticos sem vergonha e sem ideias, e uma que outra pessoa de bem. Quero dizer ao pio leitor — só a este — que, melhor que romance, este livro é uma fábula. Fábula em onze jornadas, tragicómica, sorte de rapsódia pagã em bemol (...)”
Integrada na edição das Obras Completas.
Encadernação,em inteira de pele. Preserva as capas da brochura. Carminado à cabeça.