
QUADRAS DO POVO (AS)
10891-B1AS QUADRAS DO POVO. Pamphletos revolucionarios. Director: Hercules Severo. Proprietario: - A. de Almeida. Composto e impresso na typographia de Antonio Maria Antunes). s.d. (1909?). 16x25 cm. 6 números. B.
Colecção completa desta publicação de quadras, com a seguinte ordem:
1 – Ao Povo! (anónimo)
2 – Carta ao Rei, impondo-lhe a expulsão dos jesuitas, por Gomes Leal
3 – A Sombra de Guilherme Braga, (Lisboa, à hora fatídica da meia noite) por Armando d’Araujo
4 – Satyra aos Jesuitas e aos Liberaes, por Augusto Gil
5 – Á Luz do Sol, Um dos “papões” que a Grande Cáfila dos Malandrins apresenta agora ao Povo (n’uma suprema ironia) é a ... Administração Estrangeira!, por Dias d’Oliveira
6 – Eterna comedia! Que triste a situação a que Portugal chegou! Anda ahí, pelas ruas da cidade, a Miséria andrajosa e faminta que não tem eira, nem beira. Succede porém, que essa Miséria, ao passar, cruza-se com outra, a Miséria-Maior, que traja sedas e rendas, casacos e fardas. Ao vêr as duas a par, ha quem chame á primeira — Ralé. No entanto esta, por mais generos... nem sequer repara na outra!... , por Mario Monteiro.
Segundo Daniel Pires no seu Dicionário da Imprensa Periódica Literária: “(...) Na Biblioteca Nacional apenas existe o nº2 (...). Publicação que primava pela sua contundência, fazia apelo ostensivo à revolta e ao inconformismo”
De muito raro aparecimento no mercado “estes folhetos”, “protesto dos poetas portuguezes” que se “publicam aos Domingos e cada folheto é colaborado por um só Poeta”.
Capas das brochuras impressas a seco. A última página do nº três encontra-se rasgada com falta de papel prejudicando o texto. Por indicação de um distinto bibliófilo, nosso cliente, foi-nos indicado que, supostamente todos ou quase todos os exemplares se apresentam com esta referida falta.