Instrucção sobre a cultura das amoreiras

20658-L22
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D. R. B. [Bluteau, D. Rafael] – INSTRUCÇAO SOBRE A CULTURA DAS AMOREIRAS, E CRIAÇÃO DOS BICHOS DA SEDA: dirigida á conservação, e augmento das manufacturas da seda, estabelecidas por Elrey Dom Pedro II, e com novos privilegios concedidos por El-Rey Dom Jozé I. Lisboa, na Offic. de Antonio de Souza da Silva, 1752, 25x 20 cm. 88 págs. E.

«Rafael Bluteau clérigo regular teatino (n. Londres, 1638  -  m. Lisboa, 1734), filho de pais franceses, veio para Portugal em 1668. Estudou Humanidades no célebre Colégio de La Flèche, em Paris e, posteriormente, no Colégio dos jesuítas de Clermont. Ainda muito jovem, frequenta sucessivamente

as Universidades de Verona, Roma e Paris. Os traços da sua biografia acreditam-no como um intelectual de curiosidade intensa e de saber enciclopédico, nutrido pelas suas permanentes deslocações aos grandes centros culturais da Europa do seu tempo.


«A mais nobre, e a mais lucrativa, e a mais mysteriosa, he a arte da seda. A nobreza desta arte serve de estimulo à altiva inclinaçaõ dos Povos; o lucro que della se tira, alenta as esperanças dos mercadores, e os mysterios que nella se descobrem, despertaõ admiracaõ dos Sábios.»

«A criação do bicho-da-seda e a correlativa industria da tecelagem, em Trás-os-Montes.

Em várias terras e localidades de Além-Tua a indústria da preparação e tessitura da seda natural constituía uma verdadeira fonte de riqueza. Além da cidade de Bragança, onde nos meados do séc. XVIII, havia uma reputada fábrica de tecidos de seda, contavam-se outras tecelagens de renome, em Moncorvo, Mogadouro, Freixo e Chacim.

Em Bragança, na Rua Almirante Reis (antiga Rua dos Oleiros), existiu uma grande fábrica de seda, das maiores da época pombalina.»

Alguns capítulos: “Varios modos de plantar Amoreiras brancas e pretas; Modo de transplantar as arvores nascidas por semente; Como se devem entreter as amoreiras; Modo de colher e conservar as folhas das amoreiras; Segredo para fazer nascer sem semente muitos bichos da seda, que daraõ excellentes grãos com abundancia; Da forma do forno, dobadora, e outros instrumentos para tirar a seda, etc.”

Preservado em encadernação inteira de pele.

Rara e procurada peça de bibliografia serícola portuguesa. Interessa à bibliografia transmontana.


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